22/07/2014 às 14h32min - Atualizada em 22/07/2014 às 14h32min

Oficial: Dunga está de volta à Seleção

Técnico substitui Luiz Felipe Scolari quatro após ter sido demitido pela CBF e vibra com nova oportunidade "É uma grande felicidade"

Quatro anos após ser demitido por Ricardo Teixeira do comando da seleção brasileira, o técnico Dunga está de volta. Nesta terça-feira, em coletiva de imprensa na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o capitão do tetra em 1994 foi apresentado como novo treinador da equipe pentacampeã. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, José Maria Marin, e pelo coordenador Gilmar Rinaldi. Apesar da rejeição em diversas enquetes, Dunga mostrou-se confiante em recuperar o prestígio junto aos torcedores.

- A pesquisa está aí para ser derrubada. Eu acredito muito no torcedor brasileiro, no carinho que o torcedor tem pela seleção brasileira. Como falei, não sinto essa tamanha rejeição pelo o que está se falando por onde eu passo. Toca a nós mudarmos a opinião das pessoas. Vimos que muitas enquetes que foram colocadas, as pessoas deram um jeito de mudar essas enquetes. Minha meta é mudar a maneira das pessoas pensarem a meu respeito. Nelson Mandela tinha tudo contra e conseguiu mudar a forma das pessoas de pensar com paciência. Espero que eu possa ter 1% da paciência dele. Eu não penso em mim, penso na seleção brasileira. Se a Seleção estiver bem, eu vou estar bem, estar feliz. Tem muito sacrifício, mas a alegria e satisfação é bem maior - disse o novo treinador.

O presidente José Maria Marin explicou sua escolha pelo capitão do tetra, em 1994, dizendo que a escolha foi uma unanimidade entre ele, Del Nero, Gilmar Rinaldi.
- É um atleta que foi campeão do mundo, foi capitão de uma seleção campeã, demonstrou capacidade para dirigir a seleção brasileira. Ficou demonstrada através de números, não apenas por palavras, que possui todos os requisitos e capacidade para dirigir novamente a seleção brasileira. Foi uma escolha feita através da participação de todos que estão nesta mesa, numa demonstração de unidade e total integração, visando grandes conquistas no futuro. Um homem experimentado, tanto como atleta no campo, como fora dele. E todos nós nesta mesa depositamos total confiança na sua competência e capacidade de trabalho - disse Marin.

Dunga agradeceu a confiança e afirmou que não vai descartar todo o trabalho da Copa do Mundo, mas deve mudar alguns pontos. Inclusive de sua personalidade.

- É uma grande felicidade. Vamos trabalhar juntos com as categorias de base, com o Gallo, e a coordenação do Gilmar. A CBF está nesse planejamento há dois anos e vamos dar sequência. Não precisamos fazer dessa Copa do Mundo terra arrasada, há coisas que podem ficar. A gente viu na Copa que é importante o talento, mas o planejamento também. Como é importante o marketing, mas que o resultado dentro de campo também.

Entre outros assuntos, o treinador elogiou bastante algumas seleções da Copa do Mundo, como Alemanha, Holanda e Colômbia; quando se equivocou e falou sobre um "Jimenez" em referência clara ao apoiador James Rodríguez.

Segundo Gilmar Rinaldi, o momento é de se unir em torno do novo comandante. Baseando-se em três pilares: talento, trabalho e planejamento.

- Começamos agora efetivamente nosso trabalho. Começamos a conversar sobre a comissão técnica, que não será divulgada hoje. A ideia é justamente essa, voltar algumas coisas importantes em uma reformulação. Conversávamos que é muito importante que o jogador sinta frio na barriga na época de convocação, que mereça ser convocado, buscando o limite para merecer a convocação - analisou.

Dunga admitiu o contato difícil com a imprensa em sua primeira passagem pela Seleção.

- Vimos como é importante o talento numa Copa, o planejamento. No futebol moderno, o marketing é importante, mas o trabalho dentro de campo também. Quanto a falar da minha pessoa, vocês me conhecem. Sabem que dificilmente algumas pessoas mudam, quanto à ética, trabalho e profissionalismo. Sei que tenho que melhorar muito no contato com os jornalistas. Por eu ser oriundo do futebol, na outra passagem, eu foquei mais no trabalho dentro de campo. Os resultados estão aí. Agora é normal que eu tenha que aprimorar o meu relacionamento da imprensa. É minha culpa pela relação que tivemos. Trabalhei para me aprimorar.

Dunga afirmou que vai realizar um trabalho em conjunto com o coordenador das categorias de base, Alexandre Gallo, e com o coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi. O treinador explicou a diferença de suas passagens na Seleção.

- A minha primeira passagem foi pedida para resgatar o valor da Seleção, a camisa e obter resultados. Só conseguimos isso com resultados. A segunda passagem é preparar a Seleção para a Copa de 2018. No caminho, nós vamos ter uma Copa América e vamos encontrar seleções em ótima fase. Todas as seleções melhoraram muito.


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