21/07/2014 às 09h07min - Atualizada em 21/07/2014 às 09h07min

Monitor cardíaco pode detectar fibrilação e alertar para risco de infarto

No Brasil já são mais de trezentos mil infartos do mesmo tipo ocorridos anualmente

Estudo publicado na revista inglesa The New EnglandJournalof Medicine indica que muitos infartos por causas desconhecidas podem ser decorrentes de um descompasso no ritmo cardíaco, situação que poderia ser evitada com o uso de um simples monitor cardíaco, segundo o coordenador da pesquisa, Tomasso Sana, membro da Universidade do Sagrado Coração, na Itália.

No Estados Unidos, país que encomendou a pesquisa, mais de meio milhão de infartos isquêmicos são registrados por ano, sendo que pelo menos um em cada quatro são registrados sem causa aparente. Os infartos isquêmicos ocorrem quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido.

No Brasil já são mais de trezentos mil infartos do mesmo tipo ocorridos anualmente. A causa do infarto isquêmico é incerta em aproximadamente 40% dos casos, mesmo com avaliação completa do paciente, o que dificulta para indicar a maneira correta de controlar o problema.

Segundo as normas atuais, para descartar chances de fibrilação, a vigilância é obrigatória apenar durante 24h após um infarto isquêmico, normalmente com o uso de eletrocardiogramas e de remédios que tornem o sangue mais fluído. Mas o estudo contatou que essa maneira não é suficiente para detectar a fibrilação atrial, um transtorno que causa arritmia na contração dos músculos do coração e que pode estar por trás de muitos dos infartos que atualmente são apontados como sem causa.

Para realizar o estudo, foram feitos testes em 441 pacientes para avaliar se a detecção da fibrilação poderia ser mais efetiva como uso de monitores cardíacos. O principal objetivo era detectar em quanto tempo se podia detectar a primeira fibrilação atrial com uma duração de pelo menos 30 segundos. Em seis meses de estudo foram detectadas fribilações em 8,9% do grupo que usava o monitor cardíaco, sendo que o registro do problema havia ocorrido em 1,4% das pessoas que realizaram o exame de apenas 24 horas.


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