Adjori-SP e Plativida apresentam lado benéfico e desconhecido do plástico

“É preciso reverter a imagem negativa do plástico, pois ele está presente na maioria dos artigos consumidos pelo mercado e apresenta índice de reciclagem de quase 100%. O produto pode ser reciclado inúmeras vezes e ter seu ciclo finalizado com a geração de energia”. A afirmação é do presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, deputado Vanderlei Siraque (PT/SP), feita na abertura da palestra “A importância do plástico na vida das pessoas”, proferida por Miguel Bahiense, presidente da Plastivida Instituto Socioambientaldos Plásticos, na segunda-feira (30/06), na Assembleia Legislativa de São Paulo, em evento apoiado pela Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo (Adjori-SP).

O objetivo da palestra foi apresentar as diversas utilizações do produto no cotidiano da população e desmistificar os mitos que envolvem o produto. O evento teve a participação de integrantes da Adjori-SP, do deputado estadual Zico Prado (PT/SP) e de representantes de empresas do setor.

Segundo Siraque, o esforço da frente parlamentar é para que o país não veja o petróleo, a ser extraído do pré-sal, como um produto apenas de exportação, mas que tenha como principal destino as empresas nacionais das diversas cadeias produtivas dele derivadas. "O petróleo tem hoje perto de 4.000 derivados e é necessário que as cadeias produtivas que tenham ele como matéria-prima sejam competitivas e geradoras de emprego e renda", destacou o parlamentar federal.

Segundo o deputado José Zico Prado, o encontro expandiu o conhecimento sobre o tema. “Corrigir as váras opiniões equivocadas que envolvem o plástico e mostrar a sua importância na vida das pessoas é valioso, ainda mais para os profissionais que atuam com a produção de notícias”, afirma Prado.

Para o presidente da Ajori-SP, Carlos Balladas, o encontro teve um caráter elucidativo importante ao trazer dados e fatos que permitiu aos profissionais da entidade entender de forma mais profunda os meandros que envolvem o ciclo da vida do produto. “A maioria das pessoas desconhece a informação de que 100% dos plásticos são recicláveis e que a reciclagem é fonte de trabalho e renda”, disse Balladas.

Miguel Bahiense Neto, apresentou dados sobre a importância do plástico na vida moderna e destacou que hoje a consciência ambiental tem crescido, e que é fundamental que governo, população e iniciativa privada se envolvam no processo de reciclagem para que o índice que hoje oscila entre 22 e 24% possa aumentar, e que as pessoas que trabalham no processo de reciclagem possam ser formalizadas, gerando emprego e renda.

A palestra foi promovida pela Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Pauloem parceria com a Frente Parlamentar, a Associação Brasileira da Indústria Química, Braskem e Plastivida.

Vida moderna - O trabalho da Plastivida, entidade que representa institucionalmente a cadeia produtiva do setor, é divulgar a importância dos plásticos na vida moderna, promover sua utilização ambientalmente correta e conscientizar a população para a prática da coleta seletiva e reciclagem, com base no conceito dos 3 R’s – Reduzir, Reutilizar e Reciclar. 

Pesquisarealizada anualmente pela Plastivida mostra que o Brasil recicla hoje mecanicamente 21% do total dos plásticos pós-consumo no país. Para se ter uma ideia, a média da União Europeia em 2011 foi de 25,4% de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo. O Brasil está à frente de países como Reino Unido (20%), França (19%), Finlândia (18%) e Grécia (17,6%). Segundo Miguel Bahiense, a reciclagem pode crescer ainda mais com uma coleta seletiva mais eficaz no país. “o número de municípios com coleta seletiva estruturada no país vem crescendo – eram 443 em 2010 e 766 em 2012, porém esse índice ainda é muito aquém do que se espera de um país com as dimensões do Brasil”, afirma o executivo.

Ação Nacional - A Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, criada em maio de 2012, é a evolução histórica de diversas outras iniciativas e ações. Seus objetivos hoje compreendem a defesa da competitividade da cadeia produtiva em todas as regiões e estados do Brasil em relação a outros países. O embrião da frente surge nos anos 90, do século passado, no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em São Paulo.

Em 2000, foi instituído o Fórum de Competitividade do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Estado de São Paulo, na Assembleia Legislativa, que teve por missão combate a guerra fiscal, lutar para a redução da alíquota do ICMS do plástico e modificar a legislação estadual que impedia a expansão do Polo Petroquímico do ABC.